Tuesday, February 19, 2008

Crónica Intyme - Azuis Escuros por Nuno XBES

17/02/2008, 18h, Pina Manique

Azuis Escuros: Simão, Lourenço Veiga, Lourenço Vaz Pinto Xico Veiga Macedo , Xico Silva, MQP (lesionado), Fred, Manollo, Nuno Xbes.

Golos: 1-0 "Platini" Silva; 1-1 Intyme; 2-1 Manollo Jardel ; 2-2 Intyme

Disciplina: Penso que nada a apontar

Dada a ausência do repórter de serviço Cara d'Angel, o pilar careca da defesa azul-escurina, foi nomeado como seu substituto Nuno XBES, outrora marcador de golos.

A 6ª jornada da Liga B, punha frente-a-frente as duas primeiras equipas da Liga B1, Azuis Escuros e Intyme, que prometiam dar um bom espectáculo, cheio de emoção e com jogadores em ambas as equipas capazes de criar desequilibrios e momentos mágicos. Era preciso aindar ter em conta como tónico e aliciante deste desafio, a azia dos elementos azuis-escurinos pela derrota na última jornada que por pouco hipotecou a subida de divisão na época transacta frente a esta poderosa equipa dos Intyme por uns claros 3-0, enquanto que os "intymianos" procuravam recuperar a liderança perdida na última jornada exactamente para os AE. O jogo foi também marcado por fortes ausências nos AE: a dupla Franciscana no centro da defesa, Mantas na lateral direita e o capitão desta forte formação e desequilibrador nos últimos 20 metros, Mike.

O árbitro deu então início ao jogo, indicava o relógio 18:07, num relvado alagado e impróprio para um futebol técnico, fruto do forte temporal que se fez sentir pela cidade lisboeta.

Os AE tiveram uma entrada forte no jogo, com mais posse de bola e com Xico Silva, num estilo à Platini, a pautar o ritmo e a ser o grande organizador do jogo ofensivo que a equipa tanto precisava enquanto que Lourenço Veiga era o general da defensiva azul escurina comandando as suas tropas na perfeição.

O tempo foi passando com AE a dominarem mas sem criarem grandes oportunidades de golo, até que num canto marcado exemplarmente por Fred Barreira, a bola sobra para Xico Silva ao segundo poste, que após tirar um adversário do caminho com um pormenor técnico delicioso, chuta com o pé esquerdo (?!) sem hipóteses para o guardião da equipa adversária. Finalmente os AE materializavam o seu domínio em todos os aspectos do jogo em golo, fruto de um lance de bola parada onde esta equipa parece cada vez mais especialista e mortífera.

OS AE tiraram um pouco o pé do acelerador e deram mais espaço no meio campo para os Intyme mostrarem o seu verdadeiro valor. Foram-se galvanizando e criando cada vez mais oportunidades junto da baliza de Pedro Simão que ia sendo um pronto de socorro da equipa fazendo várias defesas de elevado grau de dificuldade. Nesta altura sobressaía-se nos AE toda a sua defesa, que ia apagando todos os fogos que podia: Francisco Veiga fez um jogo impressionante, com uma enorme entrega e resistindo sempre à tentação de chamar "filho-da-p***" ao árbitro, Lourenço Veiga controlava os avançados da equipa adversária e limpava todos os lances aéreos enquanto Vaz Pinto limpava o seu flanco e era unicamente através das suas subidas no terreno que os AE conseguiam "mostrar alguma vida" e criar desequilíbrios.

Contudo era do meio que vinha o problema. Russo, Sérgio Moreno e Rafa iam tomando conta do meio campo, onde XBES perdia claramente a luta. Os papéis invertiam-se e após um contra ataque mal conduzido pelo centrocampista dos AE, que deixa a bola fugir pela linha lateral, Intyme aproveita para realizar um lançamento rápido para Russo, que apanhando a equipa azul-escurina desposicionada, ganha espaço para realizar um potente remate fora da área de pé direito sem hipóteses para o keeper Pedro Simão. Um golo de belo efeito que punha alguma verdade no marcador.

Pouco depois dava-se o apito do árbitro para o intervalo e as equipas recolhiam ao balneário. Na palestra, os AE tentaram corrigir algumas deficiências tácticas, especialmente no meio campo, onde os Intyme estavam em clara vantagem numérica, o que lhes permitia ter maior posse de bola e mais espaço para pensar o jogo.

A segunda parte iniciou-se com os AE à procura ainda do melhor arranjo táctico de forma a controlar as operações e enquanto tal não aconteceu, os Intyme aproveitaram para criar alguns calafrios contudo nem os seus atacantes estavam em noite inspirada como também Simão aparecia no seu melhor (embora inesperadamente numa ou noutra jogada este jovem keeper demontrasse alguma intranquilidade a sair-se da baliza).

Após um difícil início de segunda parte, os AE reencontraram-se e passou a ser um jogado de parada e resposta, com situações de golo em ambas as balizas. Foi então que, outra vez através de um canto marcado por Xico Silva ao segundo poste, que Manollo cabeceia forte para as redes adversárias após saída precipitada do guarda redes. Estava então reposta a vantagem no marcador e com pouco mais de dez minutos para jogar bastava aos AE manterem a solidez defensiva e concentração para que cimentassem ainda mais o seu lugar na tabela classificativa.

Contudo, de um livre (inexistente) no meio campo vai surgir o golo do empate para os Intyme após falha de marcação na grande área sem hipóteses para Pedro Simão. Os AE provavam então o sabor amargo do famoso ditado "quem com ferros mata, com ferros morre". De tão letal e cínica que foi ao marcar dois golos de canto, acaba também por ver a vitória fugir-lhe nos momentos finais num lance de bola parada que à partida parecia inofensivo.

O jogo acabou poucos minutos depois sem nada de especial a salientar. Foi mesmo pena a vitória ter-nos fugido mas mais uma vez demonstrámos que temos uma boa equipa e que temos capacidade para alcançar o ceptro de campeão.

Força Azuis

+'s – Lances de bola parada. Os AE parecem cada vez mais talhados em aproveitar o facto de possuírem exímios marcadores de livros e cantos como Xico Silva e para aproveitar a elevadíssima qualidade do jogo aéreo de Manollo.

-'s – O lance do segundo golo dos Intyme. Após ter lutado tanto e voltado a atingir a vantagem, sofrer um golo nos momentos finais fruto de uma distracção colectiva. Foi bastante inglório "morrer na praia" e deixar a vitória fugir após um enorme esforço, dedicação e devoção de toda a equipa.

Nota do Capitão: O repórter designado para esta jornada era, como foi referido, o Cara. Na indisponibilidade deste foi pedido, às 22:25 do dia 18, ao Nuno que o substituísse nesta tarefa. Duas-horas-duas(!) depois tinha a crónica feita e entregue no meu email. Tomem nota meus caros... Isto sim é Alma Azul Escura!

2 comments:

LCF said...

Nuno Xara, cadê os golos?

Mikesm23 said...

Parece que a resposta foi dada em campo. Nuno fez as pazes com os golos e assinou o primeiro no jogo contra os Estrelas do CRL!